Elaine Saad, gerente-geral de firma de consultoria e ex-presdente da ABRH Brasil

“Neste momento, o papel da mulher na sociedade ganhou complexidade, pois há realidades distintas de acordo com a geração ou faixa etária. Para as que estão acima dos 40 anos, percebe-se uma certa confusão sobre o que é esperado delas, que estão preocupadas com a carreira e a família. De toda forma, já se mostram mais resolvidas quanto seu potencial para ocupar cargos de liderança e de maior senioridade. Entre as mais jovens, há aquelas que buscam imprimir mais leveza à vida e, por outro lado, tem um grupo que vivencia uma cobrança muito grande, especialmente no mundo latino. Elas são cobradas por trabalhar muito, porque agora são iguais, tendo de dar conta também de seus outros papéis como mãe, esposa, mulher e filha. Para além desse quadro, a condição das mulheres também requer um olhar atento para as discriminações veladas, não verbalizadas até por conta da pauta de diversidade e inclusão presente nas organizações. Muitos homens ainda temem a competição feminina, o que traz entraves para que elas possam ocupar posições de liderança. E uma coisa é certa: impressiona a capacidade das mulheres nesses cargos, pelo feeling e pela intuição aguçada que caracterizam a gestão feminina.”