Diário de Bordo #3
Brasileiros Pelo Mundo: solta uma média e um pão na chapa
Só mesmo a distância – e outra perspectiva – para ressignificar os pequenos prazeres da vida
Por Thaís Aiello – 15 de novembro de 2019
Eis um típico programa de brasileiro, mais especificamente dos paulistanos: café da manhã na padaria.
Por incrível que pareça, esse pequeno prazer matinal é lembrado com nostalgia por muitos brasileiros que partiram rumo a outros cantos do mundo. Gente que foi viver e trabalhar fora do país.
As saudades aparecem nas grandes causas e nos aspectos mais triviais, desses que, à distância, ganham força como parte da nossa identidade.
“Sinto muita falta da família, dos amigos e da padaria aos sábados de manhã”, me contou Marília Ribeiro, que atuou como headhunter no Brasil até 2016. Depois disso, mudou-se para a Bélgica.
De minha parte, eu mesma já andava sonhando com um pão francês tostadinho! E isso porque eu estava apenas há três semanas longe do meu dia a dia, prestes a retomá-lo dali a pouco.
No Linkedin de Marília, é possível conferir sua trajetória: Monsanto, McKinsey, Egon Zehnder, Spencer Stuart e, agora, a mineradora belga Lhoist. Foi pela Spencer Stuart que ela conseguiu viabilizar a transferência para acompanhar o marido, designado para uma posição na Bélgica.
Os planos estavam indo bem, porém… in Loco, Marília constatou que o mercado europeu de hunting era bem distinto. Ela sentia falta do apetite dos candidatos brasileiros, mais propensos a considerar novas oportunidades de trabalho. Assim, resolveu dar uma guinada, empreender um mestrado internacional e engatar novo emprego.
Eis um típico programa de brasileiro, mais especificamente dos paulistanos: café da manhã na padaria.
Por incrível que pareça, esse pequeno prazer matinal é lembrado com nostalgia por muitos brasileiros que partiram rumo a outros cantos do mundo. Gente que foi viver e trabalhar fora do país.
As saudades aparecem nas grandes causas e nos aspectos mais triviais, desses que, à distância, ganham força como parte da nossa identidade.
“Sinto muita falta da família, dos amigos e da padaria aos sábados de manhã”, me contou Marília Ribeiro, que atuou como headhunter no Brasil até 2016. Depois disso, mudou-se para a Bélgica.
De minha parte, eu mesma já andava sonhando com um pão francês tostadinho! E isso porque eu estava apenas há três semanas longe do meu dia a dia, prestes a retomá-lo dali a pouco.
No LinkedIn de Marília, é possível conferir sua trajetória: Monsanto, McKinsey, Egon Zehnder, Spencer Stuart e, agora, a mineradora belga Lhoist. Foi pela Spencer Stuart que ela conseguiu viabilizar a transferência para acompanhar o marido, designado para uma posição na Bélgica.
Os planos estavam indo bem, porém… in loco, Marília constatou que o mercado europeu de hunting era bem distinto. Ela sentia falta do apetite dos candidatos brasileiros, mais propensos a considerar novas oportunidades de trabalho. Assim, resolveu dar uma guinada, empreender um mestrado internacional e engatar novo emprego.
Aproveitando minha passagem pela Bélgica, fui ao encontro de Marília para conhecer sua história. Ela gentilmente me recebeu em sua casa, às vésperas de uma viagem que faria com o marido. O resultado desse encontro pode ser conferido no depoimento registrado em vídeo para o Brasileiros Pelo Mundo.
Em tempo: esse é um novo canal do Panorama Executivo que se dedica a falar sobre gestão da carreira internacional e perspectivas para além das fronteiras.
Segredos do pão na chapa
Nosso fotógrafo e videomaker Luís Simione não apenas registra a imagem, como dá dicas sobre como fazer um pão na chapa impecável:
“O Pão na chapa deve, via de regra, ter um corte perfeito. Tanto a casca quanto o miolo precisar estar no mesmíssimo plano, para que o contato com a chapa se dê por igual. A manteiga – sim, manteiga, pelo amor de Deus! – deve estar em ponto de pomada. Dessa forma, quando gentilmente deslizada sobre a superfície, ela não afundará o frágil miolo do pão francês. Isso é fundamental para garantir um contato uniforme do pãozinho com a chapa. “
E ele adverte: “pode-se fazer um pão na chapa excelente a partir de um pão francês mediano ou mesmo ruinzinho, mas até mesmo os melhores ingredientes não servirão de nada nas mãos de um chapeiro desatento à técnica”.
Diário de Bordo #2
Brasileiros Pelo Mundo: do LinkedIn para a Bélgica
De como uma conversa inbox fez o Brasileiros pelo Mundo se transformar de ideia em ação
Por Thaís Aiello – 03 de outubro de 2019
Se fosse pelo correio convencional, a troca de mensagens ao lado levaria muuuito tempo para acontecer ou, talvez, nem tivesse ocorrido. Primeiro, porque eu não teria um mecanismo online me estimulando a convidar para minha rede profissional alguém que há tempos eu não via.
Segundo, devido ao tempo do mundo concreto, que não é instantâneo como o digital. O fato é que, de bate-e-pronto, Ticiana Tucci e eu retomamos o contato, e aí o Brasileiros Pelo Mundo começou a ganhar materialidade.
Cerca de três meses depois, eu chegava à Bélgica. Em Bruxelas, peguei um trem até Waterloo, com uma agenda cheia. Havia solicitado à Ticiana que me ajudasse a viabilizar entrevistas com outros brasileiros no país – e ela foi eficientíssima! Realizei 6 entrevistas, três na capital e outras três em Waterloo, cidade que passou para a história como berço do confronto militar que colocou fim ao império napoleônico.
Foi nos campos de batalha de Waterloo, onde o Duque de Wellington derrotou Napoleão Bonaparte, que gravamos este vídeo de participação da Ticiana Tucci no Brasileiros Pelo Mundo. O vento não deu trégua, tornando a captura do som uma aventura e tanto. Marinheira de primeira viagem, sem ter por perto Gladstone Campos, comandante-mor das nossas lentes, bravamente enfrentei o desafio. Não vivemos em um mundo beta? Cá estamos nós, aprendendo a aprender, o tempo todo!
Em tempo: esse é um novo canal do Panorama Executivo que se dedica a falar sobre gestão da carreira internacional e perspectivas para além das fronteiras.
Diário de Bordo #1
Brasileiros Pelo Mundo: a aventura está apenas começando
E foi assim que teve início o Brasileiros pelo Mundo, no dia em que perdi a mala… e achei a fonte!
Por Thaís Aiello – 19 de setembro de 2019
Sempre tive um pesadelo, ainda que acordada. As malas rodando na esteira do desembarque me causam pânico, e o medo de extravio da bagagem me persegue. Felizmente, sempre sai ilesa.
Tudo, porém, tem sua primeira vez, e a minha foi em um voo entre Roma e Paris. Não chegaria à Cidade Luz pelo Charles de Gaulle, como em outras ocasiões. Em homenagem ao Chico, foi por Orly, tamborilando na cabeça “vai meu irmão, pega este avião…”
A alegria durou até o pesadelo se concretizar. Sim, Paris me recebia com a roupa do corpo e os documentos guardados na mochila. Confiei demais e, para não carregar peso, fui imprevidente ao colocar tudo, tudinho, na mala despachada.
Perdi um pouco de tempo no aeroporto em função dos trâmites necessários para registrar o extravio da bagagem. Mal sabia eu que o universo conspirava para um grato encontro. Na saída, o conforto de ouvir a voz de duas pessoas conversando em português foi o bastante para que eu me aproximasse.
Juliana Macedo, da Total S.A.